segunda-feira, 27 de junho de 2016

Tipos de Parto

Tipos de Parto


PARTO NORMAL

A expulsão do bebé ocorre somente com a pressão que as paredes do útero exercem sobre o mesmo. Normalmente, num parto normal, é realizada a episiotomia, que consiste num corte cirúrgico feito na região perineal para auxiliar a saída do bebé e evitar ruptura dos tecidos perineais. A sutura é feita imediatamente após o parto, cicatrizando em poucos dias. Na maior parte dos casos, é necessário dar alguma anestesia para diminuir as dores e garantir a segurança da mãe e do bebé.




FÓRCEPS

O que é?

Trata-se de um dispositivo metálico semelhante às colheres utilizadas para servir uma salada que se aplica sobre as laterais da cabeça do feto e que permite, mediante suaves manobras de rotação e extracção, auxiliar a saída do bebé. Graças à sua forma curva, "abraça" a cabecinha do bebé, mas sem a comprimir demasiado.

Quando se Emprega?

A cabeça do bebé deve atravessar o canal de parto. Para vencer a resistência das partes flexíveis da pélvis cujo diâmetro é menor do que a cabecinha, é necessário que a mulher puxe, ou seja, que contraia o músculo uterino e a parede abdominal. No entanto, em determinadas ocasiões esta operação não é suficiente para vencer a resistência pélvica. Neste caso, existem duas maneiras principais para ajudar a extrair o feto. Uma delas é o fórceps e a ventosa, aplicados sobre a sua cabeça para facilitar a passagem através do canal de parto. A segunda é a cesariana, operação que permite retirar o bebé mediante uma incisão no abdómen materno. Em qualquer destes casos, converte-se num verdadeiro aliado que permite a extracção rápida do bebé, diminuindo os tempos e evitando assim que a sua saúde se veja comprometida. Emprega-se, isso sim, somente quando a mulher já conseguiu uma dilatação completa e a cabeça do bebé está bem encaixada dentro da pélvis, de maneira que seja possível distingui-la com um simples olhar.

Quando se utiliza?

O fórceps só se utiliza em determinadas situações:
  • Quando a colocação da cabeça do bebé na pélvis é inadequada;
  • Quando a mãe está exausta de tanto puxar e não consegue a expulsão do bebé. Quando, devido a um período expulsivo.
Como se utiliza?

A mulher permanece deitada na marquesa de partos, com as pernas nos estribos. Geralmente, pratica-se primeiro uma episiotomia e depois coloca-se o fórceps. Os dois ramos do fórceps "abraçam" a cabeça do bebé, protegendo-a da pressão que suportava no canal de parto. Mediante suaves manobras de rotação e tracção, o obstetra ajuda a extrair a cabecinha.



CESARIANA

Quando e porquê?

Chama-se cesariana ao parto cirúrgico do bebé através de uma incisão no abdómen e no útero. Sem dúvida, a maioria das mães optaria por um parto vaginal, mas seguramente todas concordariam que ter um filho saudável é mais importante que a forma como acaba a gravidez. A cesariana conseguiu diminuir notavelmente a mortalidade das mães e dos bebés, antes ou durante o trabalho de parto, mas, para alcançar um maior grau de compromisso com a decisão, é aconselhável que a mulher saiba quais são os motivos que tornam necessário este procedimento.





Como se realiza?

A grávida é transferida para a sala de operações – ou para uma sala de partos que possa converter-se em sala de operações. Depois, coloca-se um catéter na bexiga para drenar a urina durante a cirurgia, e uma agulha numa veia do braço (geralmente na prega do antebraço), por onde passará o soro e outros fármacos que sejam necessários. Após a desinfecção da parede abdominal, realiza-se uma incisão por cima do velo púbico (incisão de Pfannestiel), ou em forma vertical, desde o umbigo até ao limite do velo púbico (incisão mediana infra-umbilical). A segunda incisão realiza-se no segmento do útero, logo acima do colo do útero. Depois, mediante uma pinça ou simplesmente com o dedo, rompe-se a bolsa e extrai-se o bebé. Nesse momento, a mamã poderá sentir o anestesista e o obstetra a empurrar o abdómen para facilitar a saída da cabecinha ou a pélvis em caso de apresentação pélvica. Depois extrai-se a placenta e sutura-se o útero e a incisão no abdómen. A intervenção demora aproximadamente 30 a 60 minutos. Se a saúde do bebé o permite, a mamã terá oportunidade de pegar-lhe e beijá-lo tal como se tivesse nascido de parto vaginal. Embora dependa da política de cada instituição, é frequente que o pai possa assistir pelo menos ao nascimento do seu filho. Depois, juntamente com o bebé e o neonatologista, poderá entrar na sala de recepção do recém-nascido.




Indicações mais frequentes:

• Prolapso do cordão umbilical (o cordão umbilical aparece na vagina);
• Sangramento da placenta;
• Anormalidades estruturais da pélvis (traumatismos anteriores);
• Apresentações fetais não cefálicas;
• Afectação da saúde materna (diabetes, infecções, cardiopatias, hipertensão arterial);
• Distócia (um parto difícil, ou uma desproporção entre o tamanho do bebé e o tamanho da pélvis);
• Alteração da frequência cardíaca fetal que façam suspeitar que a condição do bebé não é boa.

(Elaborado por: Enfermagem USF Eborae)

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